Boletim Diário

18/06/2021

Mercado externo

Soja segue em sua derrocada

• Os preços dos contratos futuros da soja negociados na CBOT registraram forte queda, sob a influência da melhora das condições edafoclimáticas no Meio-Oeste norte-americano, do derretimento dos futuros do óleo de soja e da derrocada de outras commodities como o ouro e o petróleo.

• Tempestades devem chegar à parte central e leste do Meio-Oeste dos EUA nesta quinta-feira, enquanto precipitações mais moderadas devem durar até o final de semana em toda a região. As chuvas devem mitigar grande parte da escassez hídrica acumulada desde o plantio.

• Os fundos, que vinham se mantendo fortemente comprados na soja, agora evidenciam a grande exposição do mercado da oleaginosa a liquidação dessas posições.

Mercado Interno

Mercado segue travado

• Seguindo a queda simultânea e vigorosa dos preços da soja em Chicago e da taxa de câmbio, os referenciais do mercado físico brasileiro vieram abaixo, de modo que as cotações se tornaram meramente informativas diante da falta de negócios.

• Os ajustes negativos nas ofertas das tradings, em consonância com a paridade, chegaram a superar os R$ 10,00/saca, inviabilizando qualquer tipo de negócio. Contudo, alguns vendedores começam a se posicionar para reduzir chances de perdas maiores, mas o interesse compra dos importadores ainda é muito tímido.

• No mercado a termo os negócios foram praticamente inexistentes. Fontes voltaram a relatar dificuldade em originar devido à falta de insumos para realização de operações de barter. Em muitas regiões a entrega de fertilizantes é inviável antes de novembro.

Dólar

Após reunião do COPOM, dólar recua

• A taxa de câmbio seguiu recuando, tendo como principal fator de precificação do dia a terceira elevação consecutiva da taxa oficial de juros do Brasil, promovida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) na véspera, e a sinalização dada pelo Federal Reserve de que deve manter a política de estímulos monetários até 2023.

• Além de as autoridades monetárias brasileiras elevarem em 75 pontos base a SELIC para 4,25%, o maior patamar dos juros desde fevereiro de 2020, o seu comprometimento em manter o ritmo de ajustes positivos enquanto a pressão inflacionária não cessar foi o que fez a taxa de câmbio recuar às mínimas desde junho de 2020.

• Como pano de fundo doméstico, o mercado vê no início da janela eleitoral, ruídos políticos com a CPI da COVID-19 e a crise energética a imposição iminente de uma interrupção à derrocada do dólar.

Comentários

• A relação de troca continua se deteriorando. A expectativa é que o agricultor brasileiro precise de mais sacas de soja e milho para comprar a tonelada de fertilizante nos próximos meses.

• A demanda está um pouco mais reprimida por enquanto. Apesar da alta do mercado, os agricultores brasileiros compraram cerca de 60% de todos os fertilizantes para a próxima safra até o final do primeiro trimestre.

• Ambas as pontas do mercado estão mais cuidadosas com novos negócios para a próxima temporada. Fontes relataram que, com o forte crescimento dos preços das commodities, alguns agricultores relutaram em entregar a produção e, em alguns casos, não cumpriram os contratos.

• Além disso, até a divulgação das taxas de juros do novo "Plano Safra", as operações de barter deverão ficar em espera. Os agricultores estão capitalizados e aguardam a liberação para tomar decisões sobre novas compras.

Preço Agropan

Soja R$

Soja US$

Milho R$

Milho US$

Dólar

136,00

27,08

79,00

15,73

5.0220

Preço trigo

PH

78 acima

75 a 77,99

72 a 74,99

65 A 71

R$/60kg.

77,00

71,20

57,70

49,00

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral

MATRIZ

Tupanciretã - RS

Av. Padre Roque Gonzales, S/Nº, 98170-000

agropan@agropan.coop.br

55 3272-8900


Desenvolvido por BRSIS