Diário

Boletim Diário

14/07/2020

Mercado externo

Clima volta a pressionar preços

• Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) recuaram, conforme as previsões de chuvas sobre a área agrícola dos EUA aliviaram os temores de perda de potencial produtivo.
• O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reportou, através de suas inspeções semanais, a saída de 483,33 mil toneladas de soja dos portos do país. Resultado próximo ao limite mínimo do intervalo de estimativas do mercado, que variou de 350 mil a 700 mil toneladas.
• Em antecipação ao reporte de vendas externas do USDA, o mercado antecipa que o órgão vai considerar 70% das lavouras em boas ou excelentes condições, 1 ponto percentual abaixo da semana passada.
• O aumento das tensões comerciais entre EUA e China complementou o quadro baixista do dia.

Prêmios mitigam influência da CBOT

• • Em reposta a derrocada dos referenciais de Chicago, que se sobrepôs a alta do dólar, a maioria das praças pesquisada pela IHS Markit apresentou correções negativas.
• Os preços informados foram meramente nominais para o mercado disponível, visto que há pouca soja 19/20 para ser comercializada.
• No Sul, onde se situam os maiores volumes a se comercializar, o dia foi de preços firmes, prova de que os referenciais locais estão prestes a se descolar da paridade através do vigor da demanda das indústrias.
• Os prêmios para os vencimentos mais próximos continuaram em patamares recordes, entre US$ 1,25/bushel e US$ 1,45/bushel, mitigando a influência de Chicago na precificação do grão.
• No mercado a termo, a despeito da alta rentabilidade e favorável relação de troca com os insumos, tamanhas foram as antecipações, que o produtor hesita em comercializar mais de sua produção vindoura.

Dólar

Dólar sobe, apesar de cenário estático

• A taxa de câmbio continuou na banda de R$ 5,30 – R$ 5,40, embora tenha registrado considerável alta, prova de que não houve grande alteração dentre os fatores de precificação do referencial.
• Os agentes continuaram transitando entre a euforia ligada a antecipação no de desenvolvimento de uma nova vacina contra o COVID-19 e o pessimismo relacionado às novas medidas de isolamento social tomadas por alguns estados dos EUA.
• A aversão ao risco ditou a tomada de decisão dos investidores acerca do aporte de recursos em ativos da carteira brasileira.
• A busca por hedges em dólar continuou alta. O Boletim Focus trouxe novo alívio nas projeções para a retração do PIB brasileiro,
• que passou de - 6,50% a - 6,10%, medida das mais recentes leituras de indicadores que revelaram retomada precoce do consumo.

Preço Agropan

Preço trigo

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral