Diário

Boletim Diário

29/07/2020

Mercado externo

Melhora do clima reduz preços

• Os preços futuros da soja negociada na CBOT registraram significativa queda, seguindo a melhora da classificação do USDA quanto as condições das lavouras dos EUA e a ausência de novas vendas externas do país para a China.

• A retração das cotações do óleo de soja, que seguiu o recuo dos preços do óleo de palma malaio através de operações de realização de ganhos, após três sessões consecutivas de fortes altas, também colaborou para formar o ambiente baixista do dia.

• O USDA elevou de 69% a 72% a quantidade de lavouras consideradas em boas ou excelentes condições edafoclimáticas, resultado acima do esperado pelo mercado, cuja média de estimativas apontava apenas a manutenção do quociente da semana anterior.

Poucos negócios e prêmios em alta no mercado doméstico

• Os preços não denotaram claro padrão de variação nesta terça-feira, no mercado disponível, ora descolados da paridade, ora seguindo o forte arrefecimento da taxa de câmbio.

• Praticamente não há negócios sendo registrados para vencimentos até setembro. A massa de liquidez está nos meses de outubro e novembro, não coincidentemente meses que também apresentam os maiores prêmios.

• No Sul do país, onde a maioria dos processadores tem cobertura de operação até o mês de outubro, prêmios de US$ 1,95/bushel foram captados.

• No mercado a termo, enquanto isso, os referenciais sofreram mais com a derrocada do dólar e recuaram de maneira mais generalizada.

Dólar

Exterior e ambiente interno favorecem a queda do dólar

• A taxa de câmbio chegou a ameaçar uma alta, tocando nos R$ 5,20, mas arrefeceu na segunda parte da sessão, influência pelo mercado internacional de câmbio, que pondera a situação político-econômica dos EUA.

• O dia foi de fortalecimento generalizado das divisas dos emergentes e do euro, motivado pela fuga do capital especulativo de curto prazo dos EUA, envolvido em novas tensões comerciais com a China, eleições presidenciais, tensões sociais e forte aumento de casos de COVID-19.

• No Brasil, o ambiente foi favorável a acomodação. O país contou com a divulgação do maior superávit em conta corrente em um mês desde o início da série histórica, em 1995. Além disso, a diminuição dos conflitos entre os poderes e o olhar mais otimista do mercado em direção ao PIB cria uma conjuntura baixista.

Comentários

• De acordo com o relatório de progresso e condições de safra do USDA, referente à semana encerrada no dia 26 de julho, o clima prevaleceu mais quente do que o normal no centro e leste dos EUA.

• A maior parte do Meio-Oeste estadunidense ficou seca durante a semana, com chuvas esparsas mais ao oeste da região.

• O órgão ainda confirmou que 76% da área de cultivo chegou a fase fenológica de floração, 24 pontos percentuais à frente do ano passado e 4 pontos percentuais à frente da média de cinco anos.

• 43% das lavouras adentraram a fase de formação de vagens, um resultado 26 pontos percentuais maior do que há um ano e 7 pontos acima da média quinquenal.

• O USDA ainda classificou 72% da safra em boas ou excelentes condições edafoclimáticas, 3 pontos a mais do que na semana passada e 18 pontos acima do totalizado no ano passado.

Preço Agropan

Preço trigo

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral