Diário

Boletim Diário

02/03/2023

SOJA: CHICAGO

TERMINA EM ALTA COM MOVIMENTO DE CORREÇÃO

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quarta-feira. O mercado passou por correção após ter recuado nos cinco pregões anteriores e acumulado perda de 4,21% no período. Além disso, traders vêm especulando que produtores nos Estados Unidos poderiam semear uma área de milho maior do que os 91 milhões de acres (36,8 milhões de hectares) atualmente estimados pelo Departamento de Agricultura do país (USDA). Isso, por sua vez, poderia reduzir a área de soja, atualmente projetada em 87,5 milhões de acres (35,4 milhões de hectares). O recuo do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte aos preços. O vencimento maio da oleaginosa avançou 15,25 cents (1,03%), para US$ 14,9425 por bushel.

A maior parte dos fundamentos, no entanto, permanece inalterada, com a chegada da soja brasileira ao mercado de exportação e a fraca demanda da China pelo grão norte-americano, observou a consultoria Granar.

A StoneX elevou em cerca de 500 mil toneladas sua estimativa para a produção brasileira de soja na temporada 2022/23, de 154,2 milhões para 154,7 milhões de toneladas. A consultoria observou que o ajuste para cima ocorre mesmo com as perdas esperadas no Rio Grande do Sul. A estimativa para o Estado foi reduzida de 19 milhões para 16 milhões de toneladas. Segundo a StoneX, essas perdas devem ser mais do que compensadas pelos Estados do Centro-Oeste e do Matopiba. A consultoria manteve a projeção de exportações em 96 milhões de toneladas para 2022/23

MILHO: CHICAGO

FECHA EM ALTA COM COMPRAS DE OPORTUNIDADE

Os futuros de milho fecharam em alta nesta quarta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). Traders aproveitaram os preços mais baixos da commodity para recomprar contratos, após o mercado ter recuado nas cinco sessões anteriores e acumulado perda de 7,32% no período. Rumores de que a China estaria interessada em comprar grandes volumes de milho dos Estados Unidos contribuíram para os ganhos, segundo a AgResource. O vencimento maio do cereal ganhou 5,50 cents (0,87%), para US$ 6,3575 por bushel.

O enfraquecimento do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras, também deu suporte aos preços. O Brasil vem embarcando grandes volumes de milho e afetando a demanda pelo grão norte-americano. Na terça, a Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec) elevou sua previsão de exportações brasileiras em fevereiro, de 1,911 milhão para 1,949 milhão de toneladas.

A StoneX aumentou nesta quarta sua estimativa de produção total de milho no Brasil em 2022/23 para um recorde de 130,6 milhões de toneladas (considerando as três safras). Na previsão anterior, divulgada em fevereiro, a consultoria projetava colheita de 129,9 milhões de toneladas. A StoneX espera que, com produção recorde, o Brasil consiga ampliar as exportações do cereal. A estimativa de embarques foi elevada em 1 milhão de toneladas, para 47 milhões.

Dados divulgados nesta quarta pela Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) mostraram que a produção de etanol no país diminuiu na semana passada. Nos EUA, o biocombustível é feito principalmente com milho. A produção média no período foi de 1,003 milhão de barris por dia, queda de 2,53% ante a registrada na semana anterior, de 1,029 milhão de barris por dia. Já os estoques do biocombustível diminuíram 3,1%, para 24,8 milhões de barris. Tanto a produção quanto os estoques vieram abaixo das estimativas do mercado. Analistas esperavam produção entre 1,008 milhão e 1,034 milhão de barris por dia. Quanto aos estoques, a expectativa era de pelo menos 25,488 milhões de barris.

Preços Agropan

Preço trigo

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios.

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral