Diário

Boletim Diário

03/03/2023

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA COM CLIMA ADVERSO NA ARGENTINA

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quinta-feira, com a previsão de clima desfavorável em áreas de cultivo da Argentina. Segundo a empresa de meteorologia DTN, a onda de calor que vem prejudicando as lavouras deve continuar na próxima semana. Além disso, as chuvas devem ser limitadas pelo menos até meados deste mês, disse a DTN. "O tempo quente e seco está mantendo os níveis de estresse altos nas lavouras." Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua estimativa para a safra de soja da Argentina, de 38 milhões para 33,5 milhões de toneladas. Rich Nelson, da Allendale, disse que os ganhos também foram sustentados por rumores de compras chinesas de soja norte-americana. O vencimento maio da oleaginosa subiu 15,00 cents (1%), para US$ 15,0925 por bushel.

Os preços avançaram apesar de fracas vendas dos EUA. O Departamento de Agricultura do país (USDA) informou que exportadores venderam 360,7 mil toneladas de soja da safra 2022/23 na semana encerrada em 23 de fevereiro. O volume, o menor do ano comercial, representa queda de 14% ante a semana anterior e de 25% em relação à média das quatro semanas anteriores. Para 2023/24, foram vendidas 134 mil toneladas. A China comprou 352,4 mil toneladas do volume total, de 494,7 mil toneladas. As vendas totais vieram mais próximas do piso das estimativas de analistas, que iam de 300 mil a 975 mil toneladas.

Também limitou os ganhos a entrada da safra brasileira no mercado de exportação. Na quarta, a StoneX disse que produtores brasileiros devem colher uma safra recorde de 154,7 milhões de toneladas.

MILHO:

CHICAGO TERMINA EM LEVE BAIXA COM FRACAS VENDAS DOS EUA

Os futuros de milho reverteram ganhos e fecharam em leve baixa nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). O mercado foi pressionado por dados semanais de vendas externas dos Estados Unidos. Segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA), exportadores venderam 598,1 mil toneladas de milho da safra 2022/23 na semana encerrada em 23 de fevereiro. O volume representa queda de 27% ante a semana anterior e de 48% em relação à média das quatro semanas anteriores. As vendas ficaram mais próximas do piso das estimativas de analistas, de 500 mil toneladas. O vencimento maio do grão recuou 2,00 cents (0,31%), para US$ 6,3375 por bushel.

As perdas foram limitadas pela expectativa de que os preços mais baixos acabem atraindo demanda. Na quarta, o milho subiu menos de 1%, após ter acumulado desvalorização de mais de 7% nos cinco pregões anteriores. "Acredito que, com a queda que vimos na última semana nos contratos futuros, traders estarão dispostos a comprar no início do mês, antecipando novas revisões das safras sul-americanas (pelo USDA)", disse Brian Splitt, da AgMarket.net. A agência publica na próxima quarta-feira seu relatório mensal de oferta e demanda, e investidores preveem novo corte na estimativa para a Argentina.

O clima quente e seco na Argentina e atrasos no plantio do milho safrinha no Brasil também impediram uma queda mais acentuada. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires cortou na semana passada sua projeção para a safra de milho da Argentina, de 44,5 milhões para 41 milhões de toneladas. De acordo com a bolsa, os rendimentos verificados nas lavouras de milho precoce estão abaixo das expectativas iniciais. Quanto ao Brasil, a DTN disse que nas áreas onde o plantio está atrasado, o milho ficará mais exposto à temporada seca, que começa em abril.

Preços Agropan

Preço trigo

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios.