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22/10/2020

Mercado externo

Exportações e clima no Brasil elevam preços na CBOT

• Os preços dos contratos futuros da soja negociados na CBOT subiram nesta quarta-feira, quase tocando suas máximas em 2 – ½ anos, recebendo o suporte da continuidade do clima seco sobre parte do Centro-Oeste e de vendas externas dos EUA.

• O vigor dos preços no mercado físico da soja nos EUA ofereceu maior impulso aos referenciais da CBOT.

• Por fim, em antecipação ao reporte semanal de vendas externas do USDA, os agentes de mercado estimam um saldo comercial entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de toneladas, com uma média, portanto, abaixo do saldo saldo de 2,63 milhões de toneladas da semana passada.

IHS Markit mantém estimativa para produção

• Em seu levantamento realizado em setembro, a IHS Markit não alterou sua previsão para produção de soja no Brasil. A área plantada seguiu estimada num recorde de 38,8 milhões de hectares, com crescimento de 5% frente a temporada passada e uma produção prevista em 133,5 milhões de toneladas, 6% superior a safra 2019/20.

• Recentemente, outras entidades governamentais, como CONAB e USDA, alinharam suas previsões aos números da IHS Markit. Porém, a depender do clima, o potencial para produção pode ser maior, sobretudo nas regiões produtoras do Centro-Norte.

• No entanto, o clima, sob efeito do fenômeno La Niña, deve gerar uma distribuição irregular das chuvas, sobretudo nos estados da região Sul, fator que mantém cautela quanto à prognósticos mais otimistas à produçã

Dólar

Dólar fica praticamente imóvel

• A divisa norte-americana fechou a quarta-feira praticamente estável em relação ao real, seguindo a apreensão dos agentes financeiros com a demora pela aprovação do pacote de estímulos fiscais a economia dos EUA e os fundamentos que indicam falta de suporte dos juros oficiais no Brasil.

• Contra a austeridade de parte dos senadores republicanos, Donald Trump pressionou seu partido pela aprovação de um plano mais abrangente, superior a US$ 2,2 trilhões. Enquanto isso, o chefe de gabinete da Casa Branca apontou como principal impeditivo o modo de financiamento dos governos estaduais e locais.

• No Brasil, sem novidades no campo fiscal, as atenções se voltaram ao aumento dos juros futuros, prova de que a atual relação remuneração/risco é tida como descalibrada. Além disso, o Índice de Confiança da Industria impactou positivamente ao alcançar seu

• A anomalia maior nível desde 2011.

Comentários

climática, La Niña, será de fraca intensidade, o que ainda permitirá uma redução moderada nos índices de chuvas sobre áreas da região Sul do Brasil.

• Os níveis de umidade deverão retornar a partir de meados de outubro, mas os efeitos do fenômeno devem ser mais observado durante os meses de dezembro e janeiro, sobretudo no Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

• A NOAA anunciou oficialmente que o Oceano Pacífico está sob influência do La Niña, com previsão do pico do fenômeno entre os meses de novembro e janeiro, com intensidade de fraca a moderada, o que levanta certa preocupação à agricultura brasileira.

• Depois de um setembro seco e quente, sobretudo nos estados da faixa Centro-Sul, a possibilidade de certa irregularidade nas chuvas a partir de novembro mostra a necessidade de os agricultores aproveitarem os volumes previstos para outubro e evitar estresse hídrico com a redução gradativa na última etapa do ano.

Preço Agropan

Preço trigo

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Boas informações produzem bons negócios

Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral