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24/11/2023

GRÃOS/ARGENTINA: PLANTIO DE SOJA ATINGE 34% DA ÁREA; COLHEITA DE TRIGO ALCANÇA 26,4%

O plantio de soja na Argentina avançou 17,4 pontos porcentuais na última semana, atingindo 34,8% dos 17,3 milhões de hectares que devem ser semeados na safra 2023/24, segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. Na comparação com o ciclo passado, o plantio está bem adiantado, 15,7 pontos porcentuais à frente. Os trabalhos estão mais adiantados no norte e sul do país, onde já há lavouras em mais de 70% da área projetada. Segundo a Bolsa de Cereais, apesar do replantio isolado em algumas áreas, há boa emergência e aproveitamento das plantas em ambos os núcleos.

A semeadura de milho precoce foi concluída no centro e no sul da área agrícola. Até o momento há lavouras em 1,86 milhão de hectares, o que equivale a 26,2% dos 7,1 milhões de hectares estimados para o país na safra 2023/24. O avanço porcentual foi de 2,4 p.p. Em relação ao trigo, a colheita alcançou mais de 26,4% da área estimada, com um avanço semanal de 6,2 p.p.

SOJA: CBOT VOLTA DO FERIADO COM FOCO AINDA NO BRASIL

Os futuros da soja voltam a ser negociados hoje na Bolsa de Chicago tendo no radar ainda a safra da América do Sul, sobretudo a brasileira, cercada de incertezas por causa do atraso no plantio. Até a quarta-feira, véspera do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, que deixou a bolsa fechada, participantes do mercado concentravam suas atenções no desenvolvimento da safra sul-americana e na evolução dos trabalhos. Na Argentina, ao contrário do Brasil, o plantio está mais adiantado que no ano passado. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires informou ontem que lavouras já foram implantadas em 34,8% dos 17,3 milhões de hectares previstos para a safra, avanço de 17,4 pontos porcentuais em uma semana e 15,7 p.p. à frente da temporada passada. Os últimos dados conhecidos do Brasil, da AgRural, na segunda-feira (20), apontavam plantio de 68% da área, contra 80% em igual período do ano passado.

Hoje o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulga, às 10h30, as exportações de soja do país referentes a última semana - os dados costumam ser dados às quintas-feiras, mas com o feriado serão conhecidos hoje. A atualização pode determinar direção aos preços na sessão desta sexta-feira, mais curta e, em geral, com menos liquidez.

Ontem, havia relatos de chuvas sobre áreas de plantio no Centro-oeste do Brasil. No Rio Grande do Sul, as chuvas ainda atrapalham os trabalhos e as lavouras estão implantadas em 25% da área projetada, segundo a Emater. "O excesso de chuvas deve estender o plantio por um período considerado não preferencial para a operação", avalia a empresa.

Enquanto produtores brasileiros acompanham com atenção as previsões climáticas, a SLC, maior produtora de grãos do País e que tem as lavouras distribuídas por várias regiões de cultivo, espera encerrar a colheita sem grandes perdas, graças a não concentração. À repórter Isadora Duarte, o CEO Aurélio Pavinato destacou as oportunidades que o produtor tem na bolsa: "A soja estava a US$ 12,5 por bushel na Bolsa de Chicago e passou para quase US$ 14 por bushel. O produtor que não é muito afetado pelo clima pode ter compensação pelo aumento do preço", disse ele.

Na quarta-feira, os futuros de soja fecharam em queda na CBOT, com movimento de realização de lucros após ganhos na últimas sessões. Para a Granar, a boa evolução do clima nas áreas agrícolas da Argentina, que recebem chuvas com maior regularidade, contribuem para a tendência baixista. O vencimento janeiro da oleaginosa recuou 20,75 cents (1,51%), para US$ 13,5650 por bushel.

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Volfe Umberto Gobbato

Gerente Geral