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10/06/2024

DÓLAR À VISTA FECHA EM ALTA DE 1,41%, A R$ 5,3247

SOJA: CHICAGO TERMINA EM BAIXA COM DÓLAR MAIS FORTE ANTE O REAL

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta sexta-feira. O mercado foi pressionado em parte pelo fortalecimento do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações brasileiras. O Brasil é o principal concorrente dos Estados Unidos no mercado de exportação de soja e deverá embarcar até 12,368 milhões de toneladas de soja em junho, de acordo com a estimativa mais recente da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). O vencimento julho da oleaginosa caiu 20,75 cents (1,73%), para US$ 11,7925 por bushel. Na semana, acumulou perda de 2,14%.

Investidores também ajustaram posições, em antecipação ao relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que sai na próxima quarta-feira. No relatório de maio, que trouxe os primeiros números para a safra 2024/25, a agência estimou a produção nos EUA em 121,12 milhões de toneladas, em comparação a 113,36 milhões de toneladas no ciclo 2023/24. Analistas esperavam um número menor, de 120,58 milhões de toneladas.

As condições no Meio-Oeste dos EUA, por enquanto, seguem favoráveis à conclusão do plantio e ao início do desenvolvimento da safra. A previsão para os próximos dias é de tempo seco, mas a umidade do solo é boa após as chuvas recentes. De acordo com o Monitor da Seca dos EUA, boa parte do Meio-Oeste não apresenta nenhum nível de estiagem. Importantes Estados produtores, como Iowa, Illinois e Minnesota, já estão livres da seca, segundo o documento.

O avanço da colheita na Argentina foi outro fator de pressão. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse na quinta que os trabalhos alcançaram 92,2% da área apta, avanço de 6,2 pontos porcentuais na semana. O rendimento médio nacional está em 3.030 quilos por hectare, e a estimativa de produção foi mantida em 50,5 milhões de toneladas.

Um anúncio de venda avulsa de soja norte-americana para a China não foi suficiente para impulsionar os contratos. O USDA disse que exportadores relataram venda de 104 mil toneladas de soja para o país asiático, com entrega no ano comercial 2023/24. Segundo analistas, a compra chinesa pode ter sido uma reação à Medida Provisória 1.227/2024, que limita o uso de créditos do PIS/Cofins e está levando muitos produtores brasileiros a segurar a commodity. "A China comprou soja da safra velha - eles podem estar preocupados com a situação tributária no Brasil", disse Naomi Blohm, da Total Farm Marketing.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT:
COTAÇÕES DO COMPLEXO SOJA NA BOLSA DE CHICAGO

CBOT/Agência Estado

(Com informações da Dow Jones Newswires)

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As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.