DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,4859, EM ALTA DE 0,56%

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Data: 8 de outubro de 2024

SOJA: CHICAGO FECHA EM LEVE BAIXA COM PREVISÃO DE CHUVAS NO BRASIL

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em leve baixa nesta segunda-feira. O mercado foi pressionado pela expectativa de chuvas nesta semana em parte do Centro-Oeste do Brasil, onde o plantio está atrasado por causa do tempo seco. "As previsões continuam otimistas para um aumento significativo das chuvas sazonais em grande parte do Brasil nas próximas duas semanas", disse em nota Randy Mittelstaedt, da R.J. O'Brien. Ele acrescentou que, embora o plantio no Brasil esteja atrasado, a preocupação dos traders parece exagerada. "Embora os comentários do mercado continuem dando ênfase aos atrasos, ainda estamos no início do ciclo de plantio", afirmou. De acordo com levantamento da AgRural, os trabalhos alcançaram na última quinta-feira 4,5% da área total prevista, em comparação com 2% uma semana antes e 10% em igual período do ano passado. O vencimento novembro da oleaginosa perdeu 3,75 cents (0,36%), para US$ 10,34 por bushel.

O clima seco no Meio-Oeste dos Estados Unidos, que favorece o avanço da colheita, também pesou sobre os contratos. O relatório de acompanhamento de safra do Departamento de Agricultura do país (USDA), que sai no fim da tarde, deve mostrar um bom avanço dos trabalhos. Isso também tende a estimular a venda de soja da safra velha por parte de produtores, que precisam abrir espaço nos silos para a chegada da safra nova.

Levantamento da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) mostrou na sexta que fundos de investimento reduziram significativamente suas apostas na queda dos preços de soja na CBOT. Agora, com uma posição vendida bem menor, fundos talvez fiquem mais à vontade para voltar a liquidar contratos, disseram participantes. Na semana até 1º de outubro, a posição líquida vendida em soja diminuiu 58,2%, de 76.017 para 31.781 lotes.

O desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 1%, impediu uma queda mais acentuada dos preços. O derivado, por sua vez, acompanhou o avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

As perdas também foram limitadas por um novo anúncio de venda avulsa de soja norte-americana. Segundo o USDA, exportadores relataram venda de 172,5 mil toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega no ano comercial 2024/25. O USDA disse ainda que 1,43 milhão de toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos dos EUA na semana até 3 de outubro, mais que o dobro do volume da semana anterior.