DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,6989, EM ALTA DE 0,69%

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Data: 21 de outubro de 2024

SOJA: CHICAGO TERMINA EM BAIXA COM EXPECTATIVA DE AMPLA OFERTA GLOBAL

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (COT) fecharam em queda nesta sexta-feira, pressionados por fundamentos baixistas de oferta. "O mercado pode passar algum tempo tentando sair dessa condição sobrevendida, mas os fundamentos do mercado de soja continuam negativos", disse em nota Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage. Entre esses fatores está a perspectiva de uma safra recorde no Brasil. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimou a produção brasileira em 166,05 milhões de toneladas, aumento de 12,7% ante a temporada anterior. "O que acontecer daqui para frente (com os preços) será determinado por relatos de produtividade, vendas externas da safra nova e o clima na América do Sul" afirmou. O vencimento novembro da oleaginosa recuou 18,75 cents (1,90%), para US$ 9,70 por bushel.

O clima favorável ao avanço da colheita nos Estados Unidos e a previsão de uma safra recorde no país também influenciaram os negócios. Somente na semana passada, a colheita avançou 20 pontos porcentuais, para 67%. Ainda na semana passada, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou uma safra de 124,71 milhões de toneladas, com produtividade de 3,57 toneladas por hectare.

O desempenho refletiu ainda o avanço do dólar ante o real e o enfraquecimento do petróleo. A alta da moeda norte-americana tende a estimular as vendas externas do Brasil, enquanto a queda do petróleo faz com que refinarias tenham menos incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja, que caiu mais de 1,5%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

Os preços recuaram apesar de fortes vendas externas dos EUA. Segundo o USDA, exportadores venderam 1,7 milhão de toneladas de soja da safra 2024/25, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 10 de outubro. O volume representa alta de 35% ante a semana anterior e de 16% em relação à média das quatro semanas anteriores. Do total, a China comprou quase 1 milhão de toneladas. O volume total ficou mais próximo do teto das estimativas de analistas, que iam de 1,2 milhão a 1,8 milhão de toneladas.

O USDA disse também que exportadores relataram venda de 292,8 mil de toneladas de soja para destinos não revelados, com entrega em 2024/25.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: