DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,7618, EM ALTA DE 0,15%

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Data: 31 de março de 2025

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA ACOMPANHANDO DERIVADO
- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta sexta-feira. O desempenho refletiu o avanço do óleo de soja, que por sua vez foi impulsionado pela expectativa de maior demanda por biodiesel. O derivado é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível. De acordo com a Reuters, as indústrias de petróleo e de biocombustíveis dos Estados Unidos teriam concordado, em princípio, em solicitar que a Agência de Proteção Ambiental (EPA) aumente significativamente a exigência anual de mistura de diesel renovável e biodiesel, dos atuais 12,68 bilhões de litros para um possível intervalo entre 17,98 bilhões e 20,82 bilhões de litros. O vencimento maio da oleaginosa subiu 6,25 cents (0,61%), para US$ 10,23 por bushel. Na semana, acumulou ganho de 1,31%.

A expectativa de uma menor área plantada nos EUA também deu algum suporte aos preços. O Departamento de Agricultura do país (USDA) publica na próxima segunda seu relatório de intenção de plantio, e analistas consultados pelo Wall Street Journal acreditam que a área de soja será estimada em 33,90 milhões de hectares, ante 35,23 milhões de hectares no ano passado.

Traders, porém, seguem cautelosos diante de uma possível escalada das disputas comerciais na próxima semana. "A incerteza faz com que o medo seja o fator dominante nos mercados à medida que nos aproximamos do fim de semana", disse em nota Arlan Suderman, da StoneX. Os EUA já implementaram taxa de 20% sobre bens chineses, e há possibilidade de uma tarifa adicional de 25% contra a China, que é o maior importador de petróleo venezuelano, destacou em comentário a Granar. Além disso, os EUA podem aplicar pesadas taxas portuárias a navios fabricados ou operados por chineses, o que também afetaria a competitividade de exportações norte-americanas.

Uma safra brasileira robusta também limitou a alta. Na quinta, a Agroconsult manteve sua estimativa de safra recorde de soja no Brasil em 2024/25 em 172,1 milhões de toneladas, após concluir a etapa da oleaginosa do Rally da Safra.

Na Argentina, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que as chuvas da última semana em algumas áreas de cultivo não alteraram a situação das lavouras, que continuam com rendimento abaixo da média. A estimativa de produção foi mantida em 48,6 milhões de toneladas. A bolsa disse que 75% da safra de soja apresentava condição entre normal e excelente, sem variação ante a semana anterior.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: