DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,8988, EM ALTA DE 0,88%

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Data: 11 de abril de 2025

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA COM PAUSA EM TARIFAS

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quinta-feira, após o relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado mais cedo. O desempenho continuou refletindo a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de pausar por 90 dias as tarifas recíprocas para todos os países com exceção da China. Trump disse que a tarifa recíproca será unificada em 10% durante esse período. Além disso, a União Europeia também pausou por 90 dias a adoção de medidas retaliatórias contra os EUA. O bloco é o segundo maior comprador de soja norte-americana. O vencimento maio da oleaginosa avançou 16,25 cents (1,60%), para US$ 10,29 por bushel.

A expectativa de uma menor área plantada nos EUA também deu suporte aos preços. Embora a guerra comercial entre EUA e China esteja se intensificando, traders acreditam que a redução da demanda decorrente dessa disputa levará produtores norte-americanos a semear uma área ainda menor do que se esperava anteriormente. No fim de março, o USDA projetou a área de soja em 33,79 milhões de hectares, redução de 4% ante a temporada anterior.

Quanto ao relatório de oferta e demanda, o USDA estimou as reservas domésticas de soja ao fim de 2024/25 em 375 milhões de bushels (10,21 milhões de toneladas), ante 380 milhões de bushels (10,34 milhões de toneladas) no relatório de março. A expectativa de analistas consultados pelo Wall Street Journal era de um pequeno aumento, para 381 milhões de bushels (10,37 milhões de toneladas). A agência manteve suas estimativas para a produção de soja no Brasil e na Argentina, em 169 milhões e 49 milhões de toneladas, respectivamente.

Dados semanais de vendas externas dos EUA vieram abaixo da expectativa do mercado. Segundo o USDA, exportadores venderam 172,3 mil toneladas de soja da safra 2024/25, já descontados os cancelamentos, na semana encerrada em 3 de abril. O volume representa queda de 58% ante a semana anterior e de 63% em relação à média das quatro semanas anteriores. Analistas esperavam vendas entre 200 mil e 700 mil toneladas.

A ampla oferta brasileira foi outro fator de pressão para as cotações. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou hoje seu 7º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, espera que a soja registre o maior volume já colhido no País. Nesta safra, a Conab prevê uma produção de 167,87 milhões de toneladas, resultado 20,1 milhões de toneladas superior à safra passada, ou 13,6%.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: