DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,2791, EM QUEDA DE 1,11%

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Data: 24 de setembro de 2025

SOJA: CHICAGO FECHA PERTO DA ESTABILIDADE APÓS QUATRO SESSÕES DE PERDAS

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam perto da estabilidade nesta terça-feira, após quatro sessões de perdas. O mercado foi influenciado em parte por uma piora da qualidade das lavouras nos Estados Unidos. O Departamento de Agricultura do país (USDA) disse na segunda que 61% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente no domingo (21), queda de 2 pontos porcentuais ante a semana anterior. Na data correspondente do ano passado, essa parcela era de 64%. Segundo a Granar, o consultor Michael Cordonnier reduziu de 3,53 para 3,497 toneladas por hectare sua estimativa para o rendimento médio nos EUA. A projeção mais recente do USDA é de 3,6 toneladas por hectare. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,00 cent (0,10%), para US$ 10,12 por bushel.

A agência disse também que 9% da safra tinha sido colhida, em comparação a 12% um ano antes e 9% na média de cinco anos. A Granar observou que analistas esperavam um progresso maior, para 12%.

Esses fatores foram contrabalançados pela ausência de compras chinesas de soja norte-americana e pela suspensão temporária do imposto de exportação (retenciones) para grãos e derivados na Argentina.

Até agora, a China ainda não comprou soja da nova safra dos Estados Unidos, algo inédito em mais de 25 anos. "No momento, a soja dos EUA seria mais barata para a China do que a brasileira se não fossem as tarifas. Então, quanto mais o conflito comercial se prolonga, pior para o mercado de soja dos EUA", disse em boletim a analista Karen Braun, da Zaner Ag Hedge.

Por causa dessa ausência, a atual projeção do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) para exportações do país em 2025/26, de 45,86 milhões de toneladas, pode estar superestimada em até 5,4 milhões de toneladas, observou Joel Karlin, da Ocean State Research. Segundo ele, isso compensaria qualquer redução substancial no rendimento deste ano.

De acordo com traders ouvidos pela Reuters, importadores chineses adquiriram ao menos 10 carregamentos de soja da Argentina, de 65 mil toneladas cada, após o governo suspender as retenciones. Uma das fontes afirmou que compradores chineses já reservaram 15 carregamentos do grão argentino.
Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: