DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,3381, EM QUEDA DE 0,49%

DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,3381, EM QUEDA DE 0,49%

Data: 29 de setembro de 2025

SOJA: CHICAGO TERMINA PERTO DA ESTABILIDADE

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em terreno positivo mas perto da estabilidade nesta sexta-feira. O vencimento novembro da oleaginosa ganhou 1,50 cent (0,15%), para US$ 10,1375 por bushel. Na semana, perdeu 1,15%.
O mercado foi influenciado em parte pela volta do imposto de exportação (retenciones) sobre grãos e derivados na Argentina, que tinha sido suspenso no começo da semana. Durante a curta vigência da medida, o país sul-americano registrou exportações equivalentes a US$ 7 bilhões, o que ajudou a pressionar o complexo soja. A Argentina é o maior exportador mundial de farelo e óleo de soja. Entre os destaques nesse período, houve vendas de cerca de 1,3 milhão de toneladas de soja em grão para a China e de 300 mil toneladas de óleo de soja para a Índia, segundo traders.
A ausência de compras chinesas de soja dos Estados Unidos, no entanto, continua pesando sobre as cotações em Chicago. Por enquanto, o país asiático vem comprando soja principalmente do Brasil e da Argentina e ignorando o grão dos EUA. De acordo com a agência estatal de notícias Xinhua, da China, o porta-voz do Ministério do Comércio, He Yadong, disse que os EUA precisariam remover "tarifas irracionais" para que importadores chineses retomassem a compra de soja americana.
O tempo seco previsto para as próximas semanas no Meio-Oeste dos EUA, que deve permitir um avanço mais rápido da colheita no país, foi outro fator baixista para os preços. Relatos de campo indicam que o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) poderá reduzir em outubro sua estimativa de rendimento, mas isso, por enquanto, não é motivo de grande preocupação, já que a demanda segue bastante fraca. Até 18 de setembro, as vendas de soja da safra 2025/26 dos EUA totalizavam 11 milhões de toneladas, de acordo com dados do USDA. O volume é quase 37% menor do que o registrado em igual período do ano anterior, de 17,43 milhões de toneladas.
Traders também ajustaram posições antes do relatório trimestral de estoques do USDA, que sai na próxima terça-feira. De acordo com a média das estimativas de analistas consultados pelo Wall Street Journal, o relatório deve mostrar que as reservas de soja em 1º de setembro deste ano somavam 322 milhões de bushels (8,76 milhões de toneladas), volume inferior ao de 1º de setembro de 2024, de 342 milhões de bushels (9,31 milhões de toneladas). Para a soja e o milho, os números de 1º de setembro correspondem aos estoques finais da safra 2024/25. Em seu relatório de oferta e demanda de setembro, o USDA estimou os estoques finais de soja em 330 milhões de bushels (8,98 milhões de toneladas).
Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: