DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,5670, EM ALTA DE 0,04%
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Data: 23 de julho de 2025
SOJA: CHICAGO TERMINA ESTÁVEL APESAR DE PIORA NAS LAVOURAS AMERICANAS
- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam próximos da estabilidade nesta terça-feira, em sessão marcada pela piora da qualidade das lavouras americanas, mas limitada pela ausência de compras chinesas e pressão no óleo de soja. O vencimento novembro cedeu apenas 0,50 cent (0,05%) e fechou a US$ 10,2550 por bushel.
O Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) reduziu a proporção de soja em condição boa/excelente de 70% para 68% no relatório semanal, ficando abaixo da expectativa de 71% dos investidores privados. A deterioração ocorre em momento crítico, com a formação de vagens atingindo 26% da área, etapa decisiva para o potencial produtivo da safra americana.
O complexo soja apresentou movimento divergente que ilustra as pressões cruzadas do mercado. O óleo de soja caiu 43 pontos (0,77%), fechando a 55,39 centavos por libra, pressionado pelo recuo do petróleo que reduz incentivos para mistura de biodiesel. Em contrapartida, o farelo avançou US$ 2,00 (0,70%) e encerrou a US$ 286,80 por tonelada.
A ausência chinesa continua sendo o principal limitador dos ganhos. A perspectiva de que um encontro entre Trump e Xi Jinping ocorra apenas em outubro amplia o sentimento negativo, deixando operadores sem expectativa de resolução comercial no curto prazo.
Segundo Matt Zeller, da StoneX, apesar da piora pontual, as condições das lavouras permanecem fortes no geral, com previsões não mostrando sinais de interrupção do clima benéfico para a maior parte do Meio-Oeste. A formação de vagens em linha com anos anteriores reduz preocupações sobre impacto produtivo significativo.
O consultor Vlamir Brandalizze observa que o risco climático foi praticamente eliminado. "O mercado climático está encerrado sem perdas relevantes. A especulação se esgotou e agora o foco é tarifas, fundos e geopolítica", avaliou. O ambiente permanece fragilizado até sinalização concreta de Washington sobre as medidas previstas para agosto.
A Hedgepoint Global Markets destaca que a mistura de biocombustíveis nos EUA contribui para a volatilidade atual. "Todos os olhos estão voltados para as negociações governamentais, que podem mudar a dinâmica do mercado a qualquer momento", disse Luiz Roque, coordenador de Inteligência de Mercado da consultoria. O dólar em leve queda ante o real ofereceu suporte limitado aos preços, evidenciando que os fundamentos comerciais superam fatores cambiais no momento atual.
Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados:
COTAÇÕES DO COMPLEXO SOJA NA BOLSA DE CHICAGO
GRÃO FARELO ÓLEO
US$/bushel cents US$/t US$ (cents/libra) pontos Ago/25 10,1025 -4,75 Ago/25 273,80 3,30 Ago/25 55,63 -44 Set/25 10,0800 -2,50 Set/25 277,90 3,10 Set/25 55,45 -43 Nov/25 10,2550 -0,50 Out/25 281,00 2,60 Out/25 55,28 -43 Jan/26 10,4300 -0,75 Dez/25 286,80 2,00 Dez/25 55,39 -43 |
CBOT/Agência Estado
Preços Agropan
Preços válidos das 9:10h às 12h
Soja R$ | Soja US$ | Milho R$ | Trigo
PH 78 |
Dólar |
122,50 | 22,00 | 60,00 | 70,00 | 5,5670 |
As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.
COTAÇÕES DO COMPLEXO SOJA NA BOLSA DE CHICAGO
PREÇOS AGROPAN
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