DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,6967, EM ALTA DE 0,25%

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Data: 3 de abril de 2025

SOJA: CHICAGO FECHA EM BAIXA ANTES DE TARIFAS DE TRUMP

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quarta-feira, em antecipação às tarifas que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deve anunciar daqui a pouco. O impacto específico sobre a soja vai depender de retaliações, disse a analista de mercado da AgRural, Daniele Siqueira, em entrevista ao Broadcast Agro. "A China pode aumentar a tarifa ainda mais. Outros países importadores de soja, se forem retaliar, também podem impor tarifas, e isso é ruim para Chicago", afirmou. No começo de março, a China já tinha aplicado tarifa de 10% sobre a soja norte-americana, em retaliação à taxação de bens chineses pelo governo dos EUA. O vencimento maio da oleaginosa recuou 4,75 cents (0,46%), para US$ 10,2950 por bushel.

A ampla oferta brasileira no mercado de exportação também pesou sobre os contratos. Na terça, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) disse que o Brasil embarcou 16,096 milhões de toneladas de soja em março. O volume representa aumento de 18,8% em relação a igual mês de 2024 e estabeleceu novo recorde mensal para o produto.

As perdas foram limitadas pelo desempenho do óleo de soja, que subiu mais de 2%. O derivado, por sua vez, refletiu a possibilidade de que os EUA imponham nesta quarta-feira tarifas de 25% sobre bens canadenses, o que reduziria a entrada de óleo de canola do Canadá nos EUA, disse a consultoria argentina Granar. Os EUA são o principal importador mundial de óleo de canola, com 3,54 milhões de toneladas para o ciclo 2024/25, segundo o Departamento de Agricultura do país (USDA). Os dois óleos vegetais são concorrentes em alimentação e na fabricação de biodiesel.

Além disso, uma coalizão das indústrias de petróleo e de biocombustíveis dos EUA se reuniu ontem com a Agência de Proteção Ambiental (EPA) e pediu um aumento significativo na exigência anual de mistura de diesel renovável e biodiesel, segundo a Reuters. A coalizão quer um volume entre 20,82 bilhões e 21,76 bilhões de litros. Atualmente, a exigência é de 12,68 bilhões de litros.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: