DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,8708, EM QUEDA DE 0,47%

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Data: 14 de abril de 2025

SOJA: CHICAGO TERMINA EM ALTA APESAR DE ESCALADA NA DISPUTA EUA-CHINA

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta sexta-feira, apesar da escalada na guerra comercial entre Estados Unidos e China. O vencimento julho da oleaginosa avançou 16,25 cents (1,57%), para US$ 10,53 por bushel. Na semana, acumulou ganho de 6%. O país asiático anunciou hoje que vai elevar sua tarifa retaliatória sobre importações dos EUA, de 84% para 125%. Pequim também sinalizou que não vai mais igualar eventuais novas elevações de tarifas pelos EUA, com o argumento de que produtos norte-americanos não são mais comercializáveis nos níveis atuais.

Os ganhos da soja foram sustentados novamente pela pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos EUA para os outros parceiros comerciais. Além disso, a União Europeia também pausou por 90 dias a adoção de medidas retaliatórias contra os EUA. O bloco é o segundo maior comprador de soja norte-americana.

A expectativa de uma menor área plantada nos EUA também deu suporte aos preços. Traders acreditam que a redução da demanda decorrente da disputa entre EUA e China levará produtores norte-americanos a semear uma área ainda menor do que se esperava anteriormente. No fim de março, o USDA projetou a área de soja em 33,79 milhões de hectares, redução de 4% ante a temporada anterior.

Uma menor estimativa para a safra da Argentina foi outro fator altista para os preços. Na quinta, a Bolsa de Comércio de Rosário cortou sua projeção em 1 milhão de toneladas, para 45,5 milhões de toneladas. A estimativa de área plantada foi reduzida de 18 milhões para 17,64 milhões de hectares. Já a Bolsa de Cereais de Buenos Aires disse que a colheita estava 2,6% concluída na última semana. Os trabalhos tinham atraso de 8 pontos porcentuais ante igual período do ano passado e de 4 pontos porcentuais em relação à média de cinco anos.

A possível ampliação dos volumes obrigatórios de mistura de biodiesel e diesel renovável nos EUA contribuiu para os ganhos. "O óleo de soja é a principal matéria-prima. Se os mandatos aumentarem, isso estimula o esmagamento interno e dá suporte para Chicago", afirmou ontem a especialista de Inteligência de Mercado da StoneX, Ana Luiza Lodi.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: