DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,8900, EM ALTA DE 0,66%

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Data: 16 de abril de 2025

SOJA: CHICAGO TERMINA EM BAIXA COM ESCALADA DA DISPUTA EUA-CHINA

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta terça-feira. O mercado foi pressionado por uma notícia da Bloomberg de que a China orientou suas companhias aéreas a não fazerem novos pedidos de aviões da Boeing. Para o mercado de soja, este é um sinal claro de que a China está elevando a tensão na guerra comercial com os Estados Unidos, o que pressiona as cotações. "A guerra comercial entre EUA e China parece estar se intensificando novamente", disse em nota Doug Bergman, da RCM Alternatives. O vencimento julho da oleaginosa recuou 3,75 cents (0,36%), para US$ 10,4650 por bushel.

A queda acentuada nas importações chinesas de soja também pesou sobre os contratos. A Administração Geral de Alfândegas da China disse ontem que o país importou 3,5 milhões de toneladas do grão em março, queda de 37% na comparação anual e o menor nível para o mês em 17 anos. No primeiro trimestre, as importações somaram 17,11 milhões de toneladas, recuo de 7,9% ante igual período do ano passado.

Segundo o Commerzbank, agora que a oleaginosa dos EUA está sujeita a tarifas, a China pode estar aguardando a chegada de mais soja brasileira ao mercado. "Como houve atrasos na colheita no Brasil - e, portanto, também nos embarques - e a soja dos EUA deixou de ser uma opção, as importações chinesas despencaram em março", afirmou o banco.

O fortalecimento do dólar ante o real, que tende a estimular as exportações brasileiras, também influenciou os negócios. Além disso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) disse que a colheita no Brasil alcançava 88,3% até o último domingo, em comparação a 83,2% um ano antes.

Na segunda, após o fechamento do mercado, o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) disse que o plantio de soja no país estava em 2% no último domingo, ante 3% um ano antes e 2% na média de cinco anos.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: