DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 6,0252, EM QUEDA DE 0,35%

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Data: 16 de janeiro de 2025

SOJA: CHICAGO FECHA EM BAIXA COM REALIZAÇÃO DE LUCROS

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em baixa nesta quarta-feira. Traders deram continuidade ao movimento de realização de lucros iniciado na terça, após o mercado ter acumulado valorização de 5,88% nas três sessões anteriores. Também pesou sobre os contratos a ausência de novas vendas avulsas de soja norte-americana para a China nesta quarta. Nos últimos dois dias, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou vendas para o país asiático totalizando 396 mil toneladas. O vencimento março da oleaginosa recuou 4,75 cents (0,45%), para US$ 10,4275 por bushel.

As perdas foram limitadas pelo tempo quente e seco em algumas áreas de cultivo do Brasil e da Argentina. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já enxerga problemas pontuais na safra 2024/25 em áreas da região Sul e do Centro-Oeste do Brasil. "As chuvas têm se mantido em frequência boa na maior parte do País, mas áreas de Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul podem apresentar problemas pontuais por falta de chuvas", disse durante webinar o gerente de Informações Agropecuárias da Conab, Fabiano Vasconcelos.

No entanto, a perspectiva ainda é de uma safra robusta de soja no Brasil. A Conab estimou a produção brasileira de 2024/25 em 166,33 milhões de toneladas, aumento de 12,6% ante a temporada 2023/24. Já a AgResource elevou sua estimativa de 170,04 milhões para 172,07 milhões de toneladas. A consultoria observou que o retorno do La Niña pode afetar a qualidade das lavouras, principalmente nas áreas mais tardias ou replantadas, mas que o avanço das chuvas sobre a região Centro-Norte do Brasil pode compensar possíveis perdas pontuais em alguns Estados.

Nos EUA, a demanda das esmagadoras continua forte. A indústria norte-americana processou um recorde de 5,62 milhões de toneladas de soja em dezembro, disseram traders nesta quarta, com base em dados da Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosas (Nopa, na sigla em inglês). O volume foi 6,95% maior do que o reportado em novembro, de 5,26 milhões de toneladas. Analistas esperavam um volume menor, de 5,59 milhões de toneladas.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: