DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 6,0418, EM QUEDA DE 1,10%

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Data: 10 de janeiro de 2025

SOJA: CHICAGO TERMINA EM ALTA COM DÓLAR MAIS FRACO ANTE O REAL

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta quinta-feira, em sessão mais curta e com fraco volume devido ao Dia Nacional de Luto pelo falecimento do ex-presidente Jimmy Carter. O vencimento março da oleaginosa subiu 4,50 cents (0,45%), para US$ 9,99 por bushel.

O mercado foi impulsionado pela queda do dólar ante o real, que tende a desestimular as exportações brasileiras. O tempo seco em regiões de cultivo da Argentina também deu algum suporte aos preços. "Não é um cenário de colapso, mas a seca nessas regiões pode funcionar como um gatilho para uma eventual alta de preços", disse o analista Enilson Nogueira, da Céleres Consultoria.

A expectativa de safra recorde no Brasil, porém, limitou os ganhos. Na quarta, o Itaú BBA revisou para cima sua estimativa de produção no País na safra 2024/25, de 167 milhões para 170,1 milhões de toneladas. Além disso, a participação do Brasil nas importações chinesas de soja pode superar 80% em 2025 caso uma nova guerra comercial entre Estados Unidos e China se concretize, disse o Rabobank em relatório.

A ausência de compras chinesas significativas do grão norte-americano também chama a atenção. "A leitura geral é de que a China já adquiriu o suficiente para atender suas necessidades nos primeiros meses de 2025", observou Nogueira.

Os negócios foram influenciados ainda por ajustes de posição antes do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que sai amanhã. Analistas consultados pelo Wall Street Journal esperam uma leve redução nos estoques domésticos norte-americanos, de 12,79 milhões para 12,36 milhões de toneladas, além de uma revisão marginal na estimativa da safra dos EUA, de 121,42 milhões para 121,15 milhões de toneladas.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: