DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 6,0584, EM QUEDA DE 0,16%

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Data: 4 de dezembro de 2024

SOJA: CHICAGO FECHA EM ALTA COM SUPORTE DE ÓLEO

- Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta terça-feira, impulsionados pelo movimento de recuperação do óleo de soja e pela desvalorização do dólar em relação a moedas concorrentes. O vencimento janeiro da oleaginosa subiu 6,50 cents (0,66%), a US$ 9,9175 por bushel. Segundo o diretor da Pine Agronegócios, Alê Delara, a alta reflete um movimento de correção após quedas recentes e tem sido beneficiada pelo enfraquecimento do dólar, que favorece as exportações de produtos norte-americanos.

"O principal fator, pelo que estou olhando hoje, é a alta do óleo de soja. Ele chegou a subir mais de 2% durante a sessão, enquanto o óleo de palma fechou em alta na Malásia devido às chuvas", disse Delara. O diretor também destacou que o petróleo, que subiu 3% no dia, deu suporte adicional aos preços do complexo soja, fortalecendo o óleo de soja e, consequentemente, a oleaginosa. O contrato de janeiro do óleo de soja avançou 72 pontos (1,74%), fechando em 42,14 cents por libra-peso, reforçando o suporte à soja na sessão.

Além disso, a valorização do petróleo estimula a mistura de biodiesel ao diesel, o que beneficia o mercado de óleo de soja. Os ganhos do óleo de palma também contribuíram para a recuperação do óleo de soja. A boa demanda pela oleaginosa dos Estados Unidos foi outro fator de suporte. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), 5,87 milhões de toneladas foram processadas no país durante outubro, superando o recorde de 5,74 milhões previstos por analistas e as 5,08 milhões de toneladas de setembro, conforme dados da Granar. Os estoques de óleo de soja foram reportados em 673.585 toneladas, abaixo das 689.460 toneladas estimadas pelo setor privado e das 680.084 toneladas do mês anterior, acrescentou a consultoria argentina.

Apesar do suporte atual, a perspectiva de safra robusta no Brasil e a conclusão do plantio da safra 2024/25 seguem limitando ganhos mais expressivos. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil já plantou 90% da área prevista, contra 83,30% na semana anterior e 83,10% em igual período de 2023. De acordo com Michael Cordonnier, consultor do Soybean & Corn Advisor, a previsão para a safra brasileira foi elevada de 168 milhões de toneladas para 170 milhões de toneladas, superando as 169 milhões de toneladas projetadas pelo USDA e as 166,14 milhões de toneladas estimadas pela Conab.

O analista Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage, comentou que o mercado continua atento à situação climática na América do Sul e às políticas comerciais da nova administração dos EUA. Segundo ele, altas prolongadas provavelmente levarão a ondas de vendas por parte dos agricultores, e, se o clima favorável para o cultivo na América do Sul continuar, haverá mais pressão, sendo improvável um alívio vindo da demanda por exportações.
Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT:

COTAÇÕES DO COMPLEXO SOJA NA BOLSA DE CHICAGO

GRÃO
CBOT/Agência Estado
US$/bushel cents
Jan/259,91756,50
Mar/259,97256,25
Mai/2510,08755,00
Jul/2510,20754,25
FARELO
CBOT/Agência Estado
US$/t US$
Dez/24286,002,60
Jan/25290,402,50
Mar/25295,802,00
Mai/25301,001,80
ÓLEO
CBOT/Agência Estado
(cents/libra) pontos
Dez/2441,9568
Jan/2542,1472
Mar/2542,3766
Mai/2542,6560

PREÇOS AGROPAN

Preços válidos das 9:10h às 12h
SojaSoja US$Milho R$Trigo - PH 78Dólar
R$ 127,0020,9666,0066,006,0584

As opiniões contidas neste relatório são pessoais e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

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