DÓLAR À VISTA FECHA A R$ 5,5843, EM ALTA DE 0,99%

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Data: 23 de dezembro de 2025

SOJA: CHICAGO TERMINA EM ALTA COM MOVIMENTO DE RECUPERAÇÃO

Os futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam em alta nesta segunda-feira. O mercado passou por correção após ter recuado nos seis pregões anteriores e acumulado perda de 3,92% no período. O vencimento março da oleaginosa ganhou 5,50 cents (0,52%), para US$ 10,65 por bushel.

Uma grande venda avulsa de soja norte-americana para a China também deu algum suporte aos preços. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), exportadores relataram venda de 396 mil toneladas para o país asiático. Do volume total, 330 mil toneladas têm entrega programada para o ano comercial 2025/26, enquanto 66 mil toneladas são para entrega no ciclo 2026/27. Até agora, essas vendas para 2025/26 somam 4,175 milhões de toneladas. Considerando também as vendas menores, que não são anunciadas diariamente, o volume está em cerca de 8 milhões de toneladas, de acordo com estimativas do mercado. O governo americano espera que a China compre 12 milhões de toneladas até o fim de fevereiro de 2026. Alguns analistas, no entanto, estão céticos quanto a esses 12 milhões de toneladas e aos 25 milhões mencionados para os próximos anos.

As esmagadoras na China estão com estoques elevados de soja brasileira da safra velha, e a soja brasileira da nova safra, com preços ainda mais competitivos, deve começar a chegar em cerca de 60 dias, observou em nota Arlan Suderman, da StoneX.

O USDA disse nesta segunda que 870.199 toneladas de soja foram inspecionadas para embarque em portos norte-americanos na semana encerrada em 18 de dezembro, aumento de 7,42% ante a semana anterior. Do total, 386 mil toneladas tinham como destino a China.

A agência informou também que exportadores venderam 1,552 milhão de toneladas de soja na semana até 4 de dezembro, sendo 940 mil toneladas para a China. No acumulado do ano comercial até 4 de dezembro, foram vendidos 23,38 milhões de toneladas, queda de 39,3% na comparação anual.

O avanço do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel, contribuiu para a alta. O óleo de soja, que subiu mais de 1%, é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível.

Os ganhos foram limitados pelo clima favorável na América do Sul e pela perspectiva de safras robustas na região. Segundo a AgRural, áreas isoladas do oeste do Paraná e do médio-norte, leste e oeste de Mato Grosso já iniciaram a colheita da safra de soja 2025/26. "A expectativa é de que essas regiões continuem colhendo nos próximos dias, mas um avanço mais robusto dos trabalhos só deve ser registrado em janeiro, desde que haja condições climáticas favoráveis para a entrada das máquinas", disse em nota a consultoria. A AgRural estima colheita de 180,4 milhões de toneladas no Brasil nesta temporada, ante 178,5 milhões em novembro e 171,5 milhões de toneladas na safra passada.

Veja como ficaram os principais contratos de soja e derivados na CBOT: